07/03/2019_ Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos



* Referência(s):

BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento: revista e ampliada. 2 ed. Porto Alegre: Penso, 2015.

* Considerações:


Becker, nos trás diferentes modelos pedagógicos e epistemológicos, neles podemos ter uma visão detalhada do papel do professor e do aluno.




Pedagogia diretiva: uma pedagogia tradicional onde o professor é autoridade máxima em sala, os alunos sentados enfileirados sem muita comunicação e interatividade. O professor monopoliza a palavra e os alunos apenas escutam. Na teoria nessa aula o professor ensina e o aluno aprende. Nesta perspectiva o professor é detentor único do conhecimento. O aluno é visto pelo professor como  um sujeito raso sem conhecimento. Visão essa que que Piaget e Emília Ferreiro derrubaram, apresentando o aluno sob outras perspectivas. Onde o aluno é visto como um sujeito ativo que sofre e provoca influências no nundo. Ele possui determinações próprias.


Pedagogia não-diretiva: se trata de uma prática subjacente, o professor desempenha o papel de auxiliador, facilitador do processo de ensino aprendizagem, com mínimas intervenções, O professor não diretivista acredita que o aluno aprende por si só, que o conhecimento já está interiorizado e precisa somente ser ativado.
   O professor acredita que os alunos são dotados de talentos, e esse talentos apontam que as classes marginalizadas geralmente são desprovidas de habilidades cognitivas. Neste modelo de educação que acontece quase que exclusivamente na rede particular dá-se um poder e uma maturidade ao aluno que ele não possui e tira-se a função primordial do professor.

Pedagogia Relacional e seu Pressuposto Epistemológico: esse modelo de práxis o professor assume o papel de problematizador onde ele levanta uma problemática, traz materiais para exploração e instiga o aluno a levantar questionamentos e formular respostas. A ação do professor tem valor, porém a ação se concentra no aluno. O aluno constrói um conhecimento se agir na própria problematização.
   O professor tem um saber construído, porém ele concebe seu aluno com um ser que possui um intelecto porém esse intelecto é relacional ao seu desenvolvimento cognitivo. Em resumo o aluno não é uma tábula rasa ou seja ele possuiu uma herança biológica. O autor lembra uma afirmação de Popper, que diz que " nada há no intelecto que não tenha passado primeiramente pelos sentidos" (encontrada no Leviatã, do filósofo Hobbes [ 1587-1666]).
   Piaget mentor por excelência de uma epistemologia relacional aborda que não se pode exagerar na utilização como mecanismo de aprendizagem, a bagagem hereditária nem tampouco a influencia do meio social. A aprendizagem não pode ser resumida ao um único fator determinante.
    Para Freire: " O professor, além de ensinar, aprende: e o aluno, além de aprender, ensina".
A tendência desse modelo de pedagogia é superar a figura autoritária do professor de transmitir conhecimento, e também superar a falta de atitude e autoridade do professor onde as regras simplesmente não existem. Nela o professor permite um ambiente instigante, propicio para a construção de aprendizagens e reconstrução de conceitos . Ou seja, construir o mundo que se quer.

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